Operação Overlord: Uma guerra de genêros

Um filme de guerra que rompe barreiras, Operação Overlord é uma envolvente mistura de gêneros lançada em 2018 que reanimou premissas semelhantes a série de filmes Outpost ou até mesmo produções trash como Frankenstein’s Army, Dead Snow, Wars If the Dead e outras pérolas infecciosas do mal.

Assim como diz o título, o filme de Julius Avery re-imagina os acontecimentos que previam o Dia D, um evento real que marcou o princípio da queda dos nazistas. Na trama uma equipe de paraquedistas recebe a missão de destruir uma igreja na França, que os americanos suspeitam ser uma base de rádio nazista. Tendo uma moradora local como aliada, essa que teve os pais assassinados, eles decidem invadir o local.

A direção explora um ambiente repleto de conflitos alternando entre suspense e ação, estruturando aos poucos o processo de metamorfose do longa. O conceito “guerra” é inserido de maneira deslumbrante com o auxílio de efeitos sonoros muito bem mixados, lembrando vagamente a produção do filme Dunkirk de 2017.

Uma sutil apresentação dos elementos de horror fantástico é iniciada ao longo da trama. Um agente misterioso que dá sopros melancólicos de vida aos mortos, confunde a compreensão de realidade dos personagens. E é quando todos se aproximam do abismo da loucura. O medo da guerra e do inimaginável ficão expostos harmoniosamente na fotografia, com cores saturadas em uma escuridão crescente.

Um caminho sem volta (ou será que não)

É possível afirmar que o roteiro tem uma premissa simples e, é encorpada com posicionamentos históricos, muitas vezes construtivos. Mesmo que as incoerências surreais sejam visíveis desde o inicio, e preciso considerar a proposta de um universo alternativo.

Para aqueles que não curtem terror, Operação Overlord é uma ótima porta de entrada, abrangendo as melhores crescentes do gênero. já para os fãs assíduos, estes serão agraciados com maravilhosas cenas de gore e uma agitação agoniante.

About Felipe Amaral

Aspirante a game designer, adepto ao culto lovecraftiano, amante de livros, games, cinema e HQ’s. Guarda uma cópia autografada do Necronomicon na estante.