Cadáver (2018) – Resenha

Do diretor holandês Diederik Van Rooijen, que infelizmente não traz grandes nomes em seu currículo. Cadáver traz sustos clichês, uma protagonista cheia de traumas, e um final que pode, ou não, ficar a cargo do espectador.

Sem mais delongas, vamos conferir o trailer antes de continuar a leitura!

Enredo

Cadáver traz a história de Megan, uma ex-policial que após eventos traumáticos, está passando por problemas psicológicos. Buscando uma nova colocação no mercado de trabalho, que a faça esquecer as suas perturbações,  consegue um novo emprego no necrotério do hospital local.

Em uma noite tranquila, Megan recebe o corpo de uma jovem que morreu durante um ritual de exorcismo, e é aí que coisas estranhas começam a acontecer.

Desenvolvimento

Com uma cena de um exorcismo logo de cara, o filme já começa com dois pés no peito, e depois dá uma freada com a história traumática da protagonista. A história de Megan, infelizmente, é mais do mesmo em enredos de filmes e jogos de terror, é comum o personagem principal estar envolto em “problemas”, como o James Sunderland em Silent Hill 2, Rei Kurosawa em Fatal Frame 3: The Tormented e Florence Cathart em O Despertar.

Convenhamos que passados traumáticos trazem um peso para a obra, independente da mídia, as personagens apresentam uma gama de possibilidades que o horror pode explorar.

De qualquer forma, o filme tem um começo relativamente rápido, mas suficiente para entendermos e conhecermos as personagens, suas origens e motivações. 

A tensão demora a acontecer e é gradual, vamos descobrindo o que está acontecendo com a protagonista. Como todo bom longa de terror, é lento no começo e frenético do meio para o final.

 

Cadáver – O Elenco

Diederik trouxe um elenco que veio, em sua maioria, de séries. Ainda muito novo para as telonas, mas quem sabe, não é esse o pontapé inicial que parte deles precisavam, não é mesmo?

Interpretando Megan temos a atriz e modelo canadense, Shay Mitchell, que atuou recentemente como dubladora na série animada Trese da Netflix.

Shay Mitchell como Megan em Cadáver

Já o norte americano, Grey Damon, interpreta o policial que claramente rola um flerte entre ele e Megan, aqueles romances forçados que sempre rolam em filmes de terror clichês.

Grey Damon e Shay Mitchell contracenando.

Temos também, Nick Thune, que já atuou em Venom, interpreta o bombeiro gente fina e carismático.

Nick Thune em Cadáver

E, é claro, a nossa antagonista, Hannah Grace, interpretada pela atriz, dançarina e contorcionista, Kirby Johnson, que dá um show em suas cenas onde aparece retorcida e andando de forma totalmente demoníaca.

Kirby Johnson “normal” ao lado do cartaz do filme

Mas como havia dito inicialmente, um elenco com pequenas aparições, e mesmo aqueles que participaram de filmes e grande bilheteria, tiveram papéis pequenos nas telonas. 

Cadáver, uma tradução

Assim como em alguns filmes já falados aqui antes como, Homem nas Trevas, a tradução do título do longa sofreu uma adaptação para as terras tupiniquins. Originalmente o filme seria “A Possessão de Hannah Grace”, e veio como “Cadáver”.

Pessoalmente, confesso que nossa “abrasileirada” no título casou muito bem com o filme. Já que, sinceramente, a possessão da Hannah é apenas um pano de fundo para traumatizar ainda mais uma personagem já cheia de traumas e fazer acontecer cenas bizarras em um necrotério… que já devem acontecer aos montes, né?

Enfim…

Para alguns pode ser considerado só mais um filme de sustos clichês, ou uma “cópia” do Jane Doe, ou A Autópsia, como ficou conhecido aqui no Brasil. Mas, não podemos negar que seja uma mistura boa entre filmes de possessão com filmes de necrotérios e afins.

Um ponto muito interessante e que vale ressaltar, é o bom uso de muitas simbologias que são trabalhadas na própria história. Sendo assim, cabe ao espectador identificá-las no decorrer do longa.

E apesar de ser do mesmo estúdio de O Homem nas Trevas, equivalendo ao nível técnico, a trama passa longe de ser algo à altura de Don’t Breath.

Além disso, a história tem um final dual, que depende da opinião e da sensibilidade do espectador.

Seus medos estão nas sombras…

About Larissa Chewanko

Amante do Terror e do Sci-fi desde criança, quando começou a assistir filmes como Chucky: o Boneco Assassino e Blade Runner. Medrosa de carteirinha, mas que gosta de passar medo jogando os games das suas sagas favoritas: Fatal Frame e Silent Hill. Apaixonada por jogos indies, livros, sorvete, gatos e RPG!