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A Autópsia (2016-2017) – Resenha

Com uma premissa interessante, um cenário um tanto claustrofóbico e boas atuações, A Autópsia traz um terror diferente, e excepcional.

Antes de ler a resenha, confira o trailer!

Com quase 5 meses de atraso, finalmente A Autópsia (The Autopsy of Jane Doe, no original) estreia no Brasil. O filme trás Tommy Tilden (Brian Cox), e seu filho Austin (Emile Hirsch), que trabalham na autópsia dos cadáveres encontrados na pequena cidade americana onde residem.

A Autópsia – Enredo

Ao terminarem a última autópsia, um novo corpo surge. Encontrado meio enterrado dentro de uma casa, onde os donos do local são encontrados mortos. O mais estranho é que não havia sinais de arrombamento, e sim, sinais de que eles tentavam fugir de dentro da casa.

E, com este problema em mãos, o xerife entrega o corpo da Mulher Desconhecida (Jane Doe, em inglês, interpretada por Olwen Kelly), para que Tommy e Austin determinem a causa da morte. Com a polícia sem pistas, e uma imprensa voraz por respostas, o xerife exige que a causa da morte seja determinada ainda naquela noite.

E então os mistérios (e problemas) começam…

Muitas coisas estranhas são analisadas no corpo da Mulher Desconhecida. E, conforme avançam nas descobertas, pai e filho começam a presenciar diversos acontecimentos sobrenaturais.

 

Ambientação

Não há muita diversidade nos cenários, e aqui, isso é bom. O filme se passa quase todo no porão da casa onde os dois fazem as autópsias. O necrotério, as salas do escritório, os corredores, e até mesmo o elevador, combinam-se em um cenário um tanto claustrofóbico, apesar de ser uma casa grande.

Mesmo podendo ir de um lugar ao outro, os terrores e acontecimentos mostram que não há lugar seguro. O que resta, no final, é continuar com a autópsia e tentar acabar de vez com tudo aquilo.

No quesito medo, A Autópsia traz não um medo gratuito e de sustos baratos. O terror está em se ver envolto em algo sobrenatural e inexplicável, sem vislumbre de salvação.

A cada parte do corpo estudada, novos mistérios

Desenvolvimento

E, com essa ambientação competente, o filme consegue te prender em toda sua extensão. Ao mesmo tempo em que sofre junto com os personagens, torcendo por sua salvação, também ficamos intrigados com aquele corpo, onde cada passo dado traz mais perguntas que respostas.

A atuação é, também, muito competente, com destaque para Olwen Kelly, como a Mulher Desconhecida. Afinal, é preciso tanto talento para ficar imóvel, quanto para fazer caras e bocas em uma encenação.

As músicas e sons também são bem colocados, e conseguem trazer o medo necessário. Você não conseguirá mais ouvir Open Up Your Heart (And Let The Sunshine In) como antes.

Conclusão

Com tudo isso, alguns espectadores podem se desanimar com o final do filme, com um encerramento sem muito clímax. Mas, se você é daqueles que não precisa ter explicação para tudo que ocorre no filme, é bem interessante.

No cenário atual dos filmes de terror, A Autópsia traz um pouco de oxigênio para nós, que estamos cansados de ver sempre mais do mesmo por aí.

Sim, estou falando de você, O Chamado 3

 

Dados Técnicos

  • Data de lançamento: 4 de maio de 2017 (Brasil)
  • Direção: André Øvredal
  • Duração: 86 min
  • Classificação etária: 14 anos
  • Distribuidora: Diamond Films

Curiosidade: Jane Doe é o termo usado nos Estados Unidos para tratar de uma mulher desconhecida, sem identidade. Nos nossos termos do dia-a-dia, seria a “Fulana”.

About Fernando Lobo

Fã de jogos de Terror desde que colocou as mãos em uma cópia de Resident Evil, no Sega Saturn, em 1996. Consumidor frequente de literatura de terror e ficção, busca sempre novos autores neste nicho. Jogo preferido: Silent Hill 2. Livro preferido: O Iluminado.